Destaque mundial em energia renovável, Brasil apresentou, durante o evento, veículos híbrido-flex e soluções que combinam tecnologias automotivas e biocombustíveis para avançar na descarbonização
Osaka - Nesta sexta-feira (23), a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) promoveu, em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o seminário “O Papel do Brasil na Transição Energética e o Futuro da Mobilidade Sustentável”, no Pavilhão do Brasil na Expo Osaka, no Japão. Na ocasião, foram apresentadas iniciativas brasileiras para avançar na descarbonização e melhorar a mobilidade.
Para a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Paula Repezza, que participou do encontro, o país tem avançado neste debate.
Esse evento é uma discussão a respeito do que existe de futuro de transição energética, contribuindo para uma cidade mais sustentável. A Expo é um encontro de todos os países para conhecer as inovações de outros países.
Ana Paula Repezza, diretora de Negócios da ApexBrasil
O presidente do Sistema Transporte, Vander Costa, disse que não existe uma única alternativa para a transição energética. “As soluções para automóveis ou transporte aéreo são diferentes”, frisou. Hidrogênio e gás metano, por exemplo, são adequados para diferentes tipos de transporte”. Ele explicou que o transporte individual chega a poluir 40 vezes mais do que o transporte coletivo. “A mobilidade urbana pode ser solução para redução de emissão de gás de efeito estufa para o sistema brasileiro”, frisou.
O presidente da Fundação Toyota e porta-voz da área de ESG da Toyota do Brasil, Roberto Braun, elogiou a participação brasileira na Expo Osaka. “O Pavilhão Brasil tem o ciclo da vida. Está muito criativo, com muita expressão. Nossa participação inclui exposição de dois veículos híbrido-flex, na Expo Arena Matsuri. Importante trazer para o Japão essa tecnologia que é sucesso no Brasil, sendo referência para vários países do mundo que querem avançar na descarbonização na combinação de tecnologias automotivas e biocombustíveis. O que é bom para o Brasil pode ser bom para muitos países do mundo” ressaltou durante o evento.
O senador Eduardo Gomes, vice-presidente do Senado Federal, parabenizou a ApexBrasil pelo Pavilhão Brasil e ações desenvolvidas pelo país na Expo. “Este seminário é um evento importante, principalmente quando o mundo discute tecnologia, inclusão e participação direta nos desenvolvimentos humano e ambiental pela realização do COP 30”, afirmou.
O presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Vital do Rêgo, destacou que o Brasil é o décimo país do mundo em energia renovável. De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), aproximadamente 83% da eletricidade gerada no país vem de fontes limpas. O ministro preside a entidade Organização Internacional das Instituições Superiores de Controle (Intosai), que congrega todos os órgãos de controle do mundo. A entidade, segundo ele, é responsável por emitir normas de controle para o mundo. “O Brasil desenvolveu auditoria mundial sobre o clima chamada de ClimateScanner. Na COP 30, em novembro, em Belém, vamos lançar o ClimateScanner para o mundo. O Brasil liderou o processo em que cidadão de qualquer lugar pode ar uma plataforma pública e saber o compromisso do seu país com as mudanças climáticas”, explicou.
Com mediação do coordenador de Relações Institucionais e Governamentais da ApexBrasil, Lucas Brandão, o seminário contou com a presença também do Secretário Nacional de Mobilidade Urbana do Ministério das Cidades, Denis Andia; do senador Veneziano Vital do Rêgo, CEO do Grupo Imediato Nexway, Roberto Zampini; presidente da Taguatur, Ana Carolina Dias Medeiros de Souza; e do diretor do Sindipeças, Edson Goto.
A participação brasileira na Expo é organizada pela ApexBrasil com o apoio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), e conta com parceria institucional da Vale. Entre os patrocinadores estão o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Confederação Nacional do Transporte (CNT), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Banco do Brasil, Bradesco e Toyota.
